sexta-feira, 18 de maio de 2012

DAS VONTADES DO PEQUENO!

Levantei pela manhã e já fui direto pra cozinha preparar a mamadeira do Lucas, como faço todos os dias.
Quando chego no quarto com a mamadeira laranja ele olha pra mim e diz:
- Mamãe, eu não gosto dessa mamadeira, eu gosto da verde!
Como a mamadeira verde tinha sido usada durante a noite e ainda estava suja e a gente já super atrasado pra sair de casa (como sempre!) eu disse:
- Filho, é a mesma coisa, toma essa dedeira aí!
Saí do quarto e fui pro banheiro escovar os dentes. Dois minutos depois a porta é aberta por uma miniatura de gente totalmente descabelada, com olhar furioso e cheio de si que me diz:
- Olha aqui mamãe, essa mamadeira é muito ruim! Eu não gosto dessa mamadeira!
Eu olhei pro pequeno e respondi:
- Ah! Tudo bem não precisa tomar a mamadeira se você não quiser. _ e continuei escovando meus dentes sem dar muita bola.
Mais 1 minuto e o Lucas volta com a mamadeira na mão:
- Mãe! Eu já disse! Não gosto dessa mamadeira! Essa mamadeira é ruim! A boa é a verde! Eu não vou tomar!
Paciente e bem humorada que sou na hora que acordo, olho pro meu pequeno ditador e digo:
-Aqui Lucas, você toma a mamadeira se quiser, quando quiser! Quem vai ficar com fome caso não a tome será você! Mas as duas mamadeiras são iguais e eu não vou trocar seu leite de mamadeira apenas porque você quer! E vamos já trocar de roupa porque estamos atrasados.
Saí do banheiro, troquei minha roupa, troquei a roupa dele, orientei o papai a não ceder às chantagens do pequeno e fomos saindo.
Já no carro o Lucas diz:
-Mamãe, pega minha mamadeira, por favor!
Assim o pequeno tomou o leite na mamadeira laranja...

Com tudo isso cheguei a conclusão de que não devemos ceder a tudo que o filho pede. Afinal é em casa que ele aprenderá a ter limites, a receber "nãos", a respeitar as decisões dos mais velhos e a conquistar seus desejos. Acredito que se ele tivesse pedido com mais educação a mamadeira verde eu teria dado. Mas o bichinho anda um ditador de primeira.

O Lucas é uma criança de personalidade forte que tenta conseguir tudo na base da ordem, é resistente às regras em casa, acha que tudo tem que ser do seu jeito e briga quando algo não acontece da sua maneira. Se eu não tiver pulso firme acabo virando refém das vontades de um pirralho de menos de 3 anos de idade que mal saiu das fraldas e ainda toma mamadeira.

Não quer dizer que ele não seja um amor. Nossa, mais carinhoso impossível! Me derreto toda com o jeitinho dele de me chamar  de "minha lindinha" ou de se preocupar comigo quando estou triste ou doente. Parece um homenzinho... 
Dia desses eu estava chorando e ele veio, pegou na minha mão com as duas mãozinhas, olhou dentro dos meu olhos com os olhinhos marejados e  disse "Fica assim não, mamãe! Eu cuido de você!". Aí foi que eu desabei! Meu menino é tão sensível!

Inteligência... essa é uma qualidade que tenho que exaltar do meu filho! O Lucas fala palavras tão complexas pra idade dele! Outro dia ele começou a conversar e, no meio da frase, ele soltou um "por exemplo"... Fiquei admirada! Conversa direitinho, conhece números, cores e formas geométricas (inclusive adora que desenhemos o hexágono para ele e diz a palavra certinho)... Já fala do passado usando palavras referentes ao mesmo (ontem, aquele dia...) e do futuro também (amanhã, quando...). 

Meu filhote já já fará três anos! E ainda sinto no ar aquele cheirinho de leite materno e bebê recém nascido... Um cheirinho misturado com cheiro de cola, suor de criança arteira, tinta, giz de cera... E bate saudade, mas também bate um orgulho...

E um post que começou com um intuito acaba assim, sem pé nem cabeça como os montros da imaginação fértil do meu filho...

Rock'n Roll


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Do tempo

Nos últimos tempos tanta coisa aconteceu!
Coisas boas, coisas ruins... Mudanças programadas, mudanças forçadas...
Depois de dias difíceis, passamos 20 dias lindos em BH, junto da minha família. Foram os melhores dias dos últimos tempos. O Lucas se divertiu tanto e estreitou os laços com os primos que ele vê tão pouco.
Como eu queria voltar...

Já de volta ao batente e a rotina (ainda meio desorganizada), percebo que tenho que viver um dia após ao outro e que os problemas vão surgir e que minha família tem que estar unida para conseguir transpor os momentos difíceis.