quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

DAS BIRRAS

Eu já comentei em vários posts como o Lucas tem a personalidade forte.
Sempre foi assim. Desde de bebezico o pequeno tenta impor sua vontade a todo custo e eu sempre sofri com isso por não saber como agir em determinados momentos. 
Só que de uns tempos pra cá tudo parece que piorou. O menino de personalidade forte tornou-se o maior birrento e cheio de manhas que existe na face da terra.
Ele faz birra por tudo! Por tudo mesmo! Por não querer tomar banho, por não querer comer, por querer vestir essa ou aquela roupa, por querer comer besteira fora de hora.
Hoje foi a gota d'água! Estávamos, eu e ele no shopping almoçando e ele querendo correr para todos os lados, eu tentando fazê-lo ficar sentando para comer, ele começou um chororô sem fim, aos berros, esperneando no chão. Levantei da mesa, o peguei pelo braço, o levei a um canto e comecei a gastar todo meu latim e sabe o que ele fez? Apenas repetia minhas palavras, cuspia, e gritava. Até na cadeirinha do pensamento ele disse que me colocaria (nessa hora deu vontade de rir, mas me segurei). Daí saí andando com ele, dizendo que hoje não teria mais carrinhos e ele não poderia brincar com massinhas. E ele ia, segurando na minha mão, e me beliscando e batendo horrores.
As pessoas passavam por nós sempre com uma reação. Uns olhavam com cara de "que mãe de merda que não sabe educar o filho", outras com cara de "tadinho dele! Essa bruxa deve ter batido tanto!". E eu com cara de paisagem, doida pra sair logo dali. Eu fiquei com muita raiva, mas a única vontade que tive foi de chorar! Chorar muito por não ter capacidade de controlar uma criança de apenas 2 anos.
Gente, vocês devem estar pensando que deixo correr solto. Mas não! A bruxa má da história lá em casa sou eu. Eu é quem imponho as coisas, coloco limites de horários. Fora que tenho que arrumar, passar, cozinhar, trabalhar fora e ser mãe. Não tiro os méritos do marido, não. Mas ele deixa correr solto demais. Dá porcarias fora de hora, deixa o Lucas fazer as coisas a maneira dele, tudo para ter "sossego" e não ter um pirralhinho chorando o tempo todo.
E na casa da avó não é diferente! Lá ele pode fazer muitas coisas. e quando começa a chorar, ao invés de ela explicar, impor a situação, apenas muda o foco do pequeno e ele pára logo a birra. Mas até que ponto isso tá certo? Entendo o lado da avó, afinal, ela só quer o bem dele.
Mas acredito que frustração, imposição de limites, choros, abdicações também fazem parte do amadurecimento. Não quero ter um menino mimado que ganha tudo e todos na base do chor, na hora que bem quiser. Quero prepara meu filho pro mundo, pois se for deixá-lo fazer as coisas sempre da forma dele, o mundo é quem vai ensiná-lo e, daí ele vai sofrer muito mais.
Não sei mais o que fazer para controlar a situação. O marido diz que tenho pouca paciência, eu acho que ele tem paciência demais. 
Já teve momentos que dei uns tapas no bumbum dele. Não gosto de fazer isso. Dói muito mais em mim do que nele. Sofro muito mais. E, quando isso acontece, acabo amolecendo e dando alguma recompensa. É errado! Eu sei! Mas estou mais perdida que cego em tiroteio.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Sobre Carnaval

Engraçado como mudamos...
Há 8 anos atrás curtir meu último carnaval. 
Lembro que sempre ficava ansiosa para que o carnaval chegasse. E como curtia! E como beijava na boca! E como bebia! E como meu pai brigava comigo... 
Adoro as lembranças dessa época, passo horas falando de tudo, de como era boa aquela época.
Mas esse tempo passou! Hoje vou passar meu carnaval na tranquilidade da minha família, curtindo esses dias para descansar e curtir meu filhote muito muito...
Chego a conclusão que tudo tem sua fase, seu tempo...
Então, um ótimo carnaval para quem o curte, para quem vai descansar, para quem vai trabalhar... 


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

blogagem coletiva: PAGANDO A LÍNGUA!

Depois que o filho nasce a gente descobre que, além de trocar fraldas, alimentar, fazer dormir, mordemos a língua o tempo todo. 
Quando não temos filho é um tal de "meu filho não vai fazer isso", "meu filho não será assim", "ahhh se fosse meu filho" etc. Mas é só engravidar para que grande parte desse discurso perca a credibilidade e vivemos na pele o outro lado.
O Lucas é uma criança super graciosa, inteligente, esperta, linda. Mas, como nem tudo são flores no mundo das mães, meu filho tem uma personalidade fortíssima e faz coisas que eu sempre abominei no filho dos outros. Cospe, manda língua, morde, bate, faz birra, rola no chão, responde, é quase um mini rebelde sem causa.
Imagina! Logo eu, que sempre disse que "ai de meu filho se cuspir em alguém!", tenho um pequeno cuspidor. Se acho bonito isso? Não, nunca achei! Pelo contrário, tenho tido um trabalho enorme para educá-lo e mostrá-lo o quanto cuspir nos outros é feio, indelicado. 
Daí é que, na minha tarefa de educar, cheguei a conclusão de que os pais das outras crianças que condenei há algum tempo atrás também "sofrem" para educar sua cria. Afinal, criança não aprende da noite pro dia e educar é uma tarefa árdua que requer amor, paciência, pulso firme e repetição, todo dia falar a mesma coisa, mostrar o certo e o errado para que o filho aprenda a se comportar como ser humano e não como um mini troglodita... rsrrrsrsrs...
Tantas outras vezes mordi a língua, cuspi pra cima e caiu na testa... Já disse que meu filho não comeria isso ou aquilo e hoje é um devorador de certos alimentos não muito saudáveis (claro que não deixo comer pipoca o dia todo, ou porcaria _ como ele chama esses salgadinhos de pacote), também dizia que meu filho só dormiria no berço mas, desde que nasceu dormiu e dorme mais co ma gente do que no seu cantinho. 
Mas maternar é um eterno morder a língua... sei que ainda vai acontecer muitas e muitas vezes... E irei ficar irritada com a pessoa que disser "ahhhh se fosse meu filho", mas ela irá aprender um dia, como aprendi, na prática! 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Das primeiras vezes

As nossas primeiras vezes são inesquecíveis. As primeiras vezes dos nosso filhos, então!
Lembro de cada primeira vez do Lucas. Primeiro contato, primeira mamada, primeiro banho, primeiro sorriso, primeira vez que rolou, primeira vez que sentou,  primeira papinha, primeiro dente, primeiros passos... 
Hoje as primeiras vezes são mais raras, mas não mais emocionantes!
Ontem não foi o primeiro dia de aula do Lucas na escola, isso aconteceu há cerca de 1 ano, mas ontem foi seu primeiro dia de aula como menino grande e não mais como bebê. Agora ele passa a manhã numa sala do integral, com outras crianças entre dois e cinco anos de idade e a tarde vai para sua sala de aula, com mesinhas redondas e cadeirinhas ao redor, professoras, rotina pedagógica de menino crescido. 
Meu coração de mãe se emocionou quando deixei o pequeno na escola, no primeiro dia de aula do ano letivo. Vê-lo entrar na escola puxando sua mochila e com a lancheira nas costas, óculos escuro (essa é a mais nova mania dele), todo independente e seguro me deixou extremamente orgulhosa! Enquanto crianças bem maiores que ele choravam agarrados à barra das saias das mães o meu pequeno veio ao encontro da melhor amiga, que também chorava estranhando a nova sala, e a encorajou a entrar. Feliz, realizada e segura, me senti assim, meio boba também... Eu queria ficar ali vendo o pequenote que nem ligava para minha presença.
Assim foi o primeiro dia!
Hoje tivemos mais uma primeira vez. No dentista! Dessa, confesso que não tinha boas expectativas, afinal, ele não gosta de pessoas de branco. Mas, mais uma vez, me surpreendi com minha caixinha de surpresas. Se comportou super bem, abriu a boca, deixou olhar, sem nenhuma resistência. E, o melhor, a dentista (que por sinal foi um amor) foi só elogios para o Lucas. Falou coisas que me deixaram tranquilas em relação á escovação, alimentação etc. Foi ótimo...
Outras primeiras vezes virão. Elas acontecem todos os dias. E eu quero curtir cada uma delas.